Cirurgias da tireóide

É a cirurgia mais realizada pelos Cirurgiões de Cabeça e Pescoço, e é uma das que requer grande concentração por parte do cirurgião, pois a cirurgia envolve aspectos funcionais e endócrinos do paciente. É uma cirurgia que dura em média 2h, onde o cirurgião e o seu auxiliar irão realizar dissecções delicadas em busca no Nervo Laringeo-recorrente (responsável pela mobilização das pregas vocais), e em busca das paratireoides (serão comentadas em outro post) para que assim, ambas as estruturas sejam preservadas e que permaneçam com a sua funções também preservadas.

A técnica cirúrgica pode ser variada, desde a incisão na pele na altura do pescoço, até a uma abordagem menos invasiva, com a utilização de trocanteres de vídeo introduzidos pela boca. Neste último, temos a chamada TOETVA e a Cirurgia Robótica em cabeça e pescoço. A diferença entre as técnicas consiste basicamente no acesso à tireoide e ao modo de ressecabilidade.

A primeira técnica, aberta, cirurgia essa praticada há muitos anos, consiste em dissecção e corte de todos os tecidos que estão em volta da tireoide para que consigamos acessá-la e retirá-la. Deixando uma cicatriz no pescoço do paciente.

Tireoidectomia total

As indicações podem ser diversas. Desde o bócio volumoso, a uma doença autoimune com falha no tratamento medicamentoso e até para o tratamento do câncer de tireoide.

A tireoidectomia total, como o nome já diz, é a retirada total da glândula Tireoide. É retirado o lobo direito, o lobo esquerdo, o istmo e o lobo piramidal, sem deixar nenhum tecido tireoidiano remanescente no pescoço do paciente.

Tireoidectomia parcial

Assim como na tireoidectomia total, a parcial possui as mesmas técnicas, sejam elas a Aberta, TOETVA e a Robótica. A diferença está na ressecção somente de um dos lobos da tireoide.

A Indicação da retirada parcial da tireoide está associada dúvidas diagnósticas ou ao fato de ter um bócio em apenas um dos lados da tireoide.

Quando falo em dúvidas, quero dizer que na investigação de um nódulo único da tireoide, a depender da idade do paciente, e dependendo das características ultrassonográficas desse nódulo e ainda, dependendo do resultado da PAAF desse nódulo, muitas vezes indicamos a retirada parcial da tireoide. Esses casos, muitas vezes, são de nódulos ou deveras aumentados de tamanho sem suspeitas malignas, ou de nódulos em que tanto o exame ultrassonográfico quanto a PAAF não conseguiram nos definir com clareza a natureza maligna ou benigna desse nódulo.

Mas porque então, se há dúvida, não retira toda a tireoide?

Aí é que está a grande questão! O quanto pudermos manter a função tireoidiana adequada do paciente, com a sua produção hormonal sem a dependência de hormônios industrializados, melhor para o paciente, mais qualidade de vida ele terá.

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