Essa amostra tende a ser acelular (ausências de células válidas para estudo) ou paucicelular (baixa quantidade de células ou grupos de células), em qualquer caso, torna-se insatisfatória a amostra para se obter um resultado adequado.

Nódulos hipervascularizados (com muitos vasos sanguíneos) podem resultar em amostras “sujas” ou “contaminadas” de sangue dificultando a análise do patologista.

Mesmo sendo “material insatisfatório”, possui risco de malignidade que varia de 4% a 10%.

Nesses casos, uma nova coleta por PAAF deve ser realizada;

Bethesda II – Benigno

A análise da PAAF não encontrou sinais de malignidade. O paciente, mesmo com esse diagnóstico, deve manter um acompanhamento com o seu médico para analisar possíveis evoluções.

Mesmo sendo Benigno, o risco de malignidade pode chegar a 3% devido a ocorrência de resultado falso-negativo, que é quando a área do nódulo que foi puncionada realmente não continha células malignas, mas que estas podem estar presentes em outras áreas do nódulo.

Bethesda III – Atipia ou lesão folicular de significado indeterminado

Nesse caso, ocorre uma verdadeira dúvida diagnóstica. O médico patologista, em sua análise das células, visualiza alterações nos núcleos das células e/ou alterações do citoplasma, porém essas alterações não são suficientes para confirmar uma suspeita de câncer.

Dependendo das características ultrassonográficas desse nódulo, o médico pode solicitar uma nova PAAF, pode seguir em acompanhamento ultrassonográfico, pode indicar a cirurgia ou pode ainda solicitar o teste molecular (falaremos mais adiante).

Risco de malignidade pode variar de 6 a 30%.

Bethesda IV - Neoplasia Folicular (ou de Células de Hürthle)

Aqui, existem alterações celulares que podem corresponder a um câncer ou a uma alteração benigna da célula tireoidiana. Essa diferença somente poderá ser sanada após a análise da tireoide no exame Histopatológico, onde será analisado todo o conjunto de células, assim como a sua disposição entre si e se possuem ou não invasão de outras estruturas vizinhas.

Nesta categoria está inclusa também os casos suspeitos de neoplasia de células de Hürthle.

A indicação do tipo de tratamento vai depender do perfil do paciente e dos achados ultrassonográficos. Pode-se ou realizar a tireoidectomia total (retirada total da glândula tireoide) ou realizar a tireoidectomia parcial (retirar somente o lobo acometido pelo nódulo). Existe também a opção de se realizar o teste molecular. Essa decisão deve ser tomada em conjunto, paciente e médico.

As chances de neoplasia aumentam e podem variar de 25 a 40%

Bethesda V – Suspeito para malignidade

A maioria dos resultados nessa categoria correspondem ao carcinoma papilífero de tireoide, mas o carcinoma medular e o linfoma podem ser observados e classificados nessa categoria também.

Neste caso, existem alterações do núcleo das células e do citoplasma onde correspondem a alterações visualizadas em células com câncer.

Necessário a cirurgia. Ainda cabe interpretação do médico, a depender das características ultrassonográficas, na decisão de tireoidectomia parcial ou total.

A malignidade pode variar entre 60 a 75%.

Bethesda VI – Maligno

A maioria dos resultados da PAAF que são classificados como Bethesda VI correspondem ao Carcinoma Papilífero. Apresentam alterações celulares altamente sugestivas de malignidade, ainda assim, como se trata de uma amostra de células, o risco de malignidade pode variar de 94 a 96%

Necessário cirurgia. Tireoidectomia total.

A depender do resultado, o seu médico irá indicar o tratamento correto.

É importante mencionar que: existe o risco de erro de leitura da PAAF, tanto para indicar que é câncer quanto indicar que é Benigno. Essa classificação resulta em estimativa de neoplasia, quer dizer, ela nos diz qual é a probabilidade de esse resultado de determinado nódulo ser realmente um Câncer. Portanto, nossa conduta é baseada não só no resultado da PAAF, mas no conjunto da PAAF com as características ultrassonográficas do nódulo, histórico pessoal e familiar de neoplasias..

Um exemplo: vamos supor que um nódulo ao exame de ultrassonografia apresentou todas as características de suspeição para neoplasia de tireoide. E que esse mesmo nódulo veio com o resultado de Bethesda II (benigno) na sua PAAF. É de se supor que essa PAAF tenha sido coletada de uma área do nódulo realmente de baixa suspeição (figura), onde realmente não havia áreas de neoplasia. Isso ocorre mais comumente em nódulos grandes, maiores que 3 cm, onde a área do nódulo é infinitamente maior do que a abordagem da agulha em coletar material adequado.

Bethesda 1 – Citologia não diagnóstica ou insatisfatória

Mesmo utilizando a técnica adequada, esse resultado pode ocorrer em 2% a 20% das biópsias coletadas. Isso pode ocorrer devido à dificuldade técnica (nódulo muito pequeno, localização de difícil acesso para a punção) ou pela característica do nódulo (calcificações periféricas que impeçam a agulha de adentrar no nódulo, conteúdo cístico ou hemático no nódulo, fibrose do nódulo).

Classificação de Bethesda

Durante uma PAAF pode ser que o material coletado tenha ou não resultados satisfatórios. Para isso, temos uma classificação chamada de Bethesda.

Esquema simulando a realização de uma PAAF em nódulo grande, onde a agulha não alcança as áreas que possuem o câncer no nódulo.

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